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APÓS SAÍDA DA GLOBO

Cléber Machado explica por que preferiu SBT em vez da Record: “Fiquei na dúvida”

Cléber Machado em foto de divulgação com o logo do SBT ao fundo
Cléber Machado foi contratado pelo SBT recentemente (foto: SBT/Rogério Pallatta)

Cléber Machado foi surpreendido com a demissão da Globo em março deste ano. Apesar das mudanças no departamento esportivo do canal terem causado estranheza nos telespectadores, o profissional não ficou abalado com a situação. “Não chorei uma lágrima [quando soube do desligamento]. Não fui para baixo da coberta ficar no escuro, só porque saí da empresa em que trabalhei 40 e tantos anos. A questão da surpresa é porque, no final do ano passado, quando saiu a escala da Copa [de 2022], eu ia ficar no Brasil. Beleza, acontece. Isso é uma questão de orçamento, quem escala, sei lá… Mas tratei de perguntar qual era a ideia para o ano seguinte. Ouvi: ‘Está tudo certo’”, declarou.

“E, de fato, teve o campeonato mundial de clubes. Fiz um Palmeiras e Flamengo em Brasília, que foi a Supercopa Brasileira. Aconteceu o falecimento do Pelé, participei da cobertura. Lá pelo mês de março começou um zumzumzum de corredor: ‘Parece que vão precisar fazer uma adequação’. Senti um clima meio estranho. Quero crer que foi uma questão de número, porque foi o que me disseram. Poderia ser diferente? Poderia. Poderiam ter feito outra proposta? Poderiam. ‘Você está ganhando muito, vamos ver se a gente consegue arrumar’’. Mas isso não é simples”, disse ele para a revista Veja.

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Cléber Machado também detalhou o sentimento da saída do canal líder de audiência. “Na minha cabeça, se fosse eu o dono [da Globo], não teria ficado sem os dois narradores simultaneamente [eu e Galvão Bueno]. Galvão foi para a Globo em 1981, saiu em 92, voltou em 93. Tinha 40 anos de Globo. Eu cheguei na Globo em 88, fui trabalhar na TV de São José dos Campos. Já tinha seis anos de sistema Globo de rádio. Fiquei 35 anos na TV e seis no rádio. É natural, pelo tamanho e repercussão da empresa, que quem fica tanto tempo lá acaba sendo identificado pelo público. Muitas vezes chegavam para mim e falavam: ‘Nunca esqueci tal jogo, tal frase, tal narração’”, relembrou.

O jornalista detalhou como foram as passagens pelo Prime Video e pela Record até a contratação do SBT. “O Prime Video tinha um acerto junto com as finais do campeonato paulista na Record. Quando acabou o campeonato, tivemos conversas com a Record, com possibilidade de estender o compromisso. Num primeiro momento as conversas esfriaram. Quando o SBT entrou em contato, a Record também voltou a procurar. Fiquei na dúvida, são duas redes grandes, com a programação já bem definida. Os eventos que o SBT tem [direito de transmissão] acabaram pesando. A Copa Sul-Americana, que começou em fevereiro e terminou agora; e a Liga dos Campeões, que começa em agosto e termina em junho do ano seguinte. Além disso, me ofereceram para fazer o programa Arena SBT, toda segunda-feira à noite”, finalizou Cléber Machado.

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